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Quanto dura um erro?

Não é fácil quando saímos de nós próprios e temos atitudes que nada têm a ver connosco, com a nossa essência. Quando fugimos da nossa Luz, da nossa Verdade, do Verdadeiro Eu, afastamo-nos de quem somos e isso traz uma mancha de escuridão. Quanto mais nos afastamos, mais escuridão penetra em nós, levando-nos para lugares escuros. De onde por vezes não é fácil sair, mas, lembremo-nos, nada é impossível.

Esta é uma verdade, uma realidade bem simples, causa e consequência óbvia.

Todos nós já passámos por isso. Todos, sem excepção, temos momentos da vida em que nos afastámos, largámos a nossa Verdade e seguimos sem consciência. A diferença entre alguns de nós é simples - uns identificam a causa e aceitam a consequência, libertando assim a dor e ficando em paz, outros não identificam a causa e permanecem no sentimento de injustiça da consequência, perpetuando a dor e atraindo mais situações idênticas  Porque a verdade também é esta - quando a acção envolve mais do que uma pessoa, ambas foram a causa e ambas terão de aceitar as consequências. Será, então, possível apenas uma das partes seguir em frente e libertar?

Não há o justo e o culpado. As fronteiras não existem. As lições podem ser diferentes, mas a responsabilidade é sempre partilhada. Creio que por isso mesmo a parte principal seja perdoarmo-nos, ao fazê-lo estamos a aceitar que desta vez não fomos perfeitos, mas a compreender que não é uma acção que determina o nosso futuro ser.
Reparemos que há a reflexão, perdoar-nos, pois também é verdade que não poderemos perdoar o outro, apenas a nós próprios. Perdoar o outro é uma ilusão, isso é um efeito colateral da acção de nos perdoarmos.

Na segunda hora de Marte do dia de Saturno, S. Eloi, S. Ansano

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