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Técnica para confirmar os passos de um Ritual

Nos meus estudo de magia encontrei um livro muito interessante, que me relembra o que já José Medeiros me transmitiu no curso de Magia Operativa, mas de forma mais intensa, ainda por cima porque posso sempre reler quando não percebo. O livro de Edain McCoy chama-se Como fazer Magia ( O que é e como funciona).
Nesse livro, além de outras coisas, aprendi a criar os meus próprios rituais e como isso está a começar a acontecer publicamente, achei interessante colocar aqui o método que utilizo para me certificar de que tudo foi bem feito, que cada passo da construção está correctamente elaborado. Se por um lado vos estou a incitar a construírem os vossos rituais, por outro devo oferecer-vos a técnica de os testarem antes de os realizarem. Eu utilizo esta técnica também para testar os rituais que faço e que já fiz, pois ela dá-me uma visão alargada e consciente de todo o processo. Passo a explicar.
A técnica usada é simples, utilizando os Arcanos Maiores do Tarot fazemos um lançamento com 10 cartas em forma circular. Sempre que nos debruçamos sobre um assunto ele tem duas perspectivas, a nossa e a do exterior.
O primeiro assunto é a origem da Vontade.
Assim, a primeira carta tem a ver com o desejo, o que nos leva a realizar esse ritual a carta poderá alertar-nos para um desejo que não sabíamos ou simplesmente para confirmar o que já sentíamos. A carta dois refere o desejo oculto, aquele que está na base do que conhecemos. Esta carta revela o que está na origem, se for algo que já sabíamos podemos seguir, mas se for algo que desconhecíamos é necessário rever as nossas intenções pois podem afectar o ritual.
O segundo assunto é o tipo de energias que vamos manipular, as nossas interiores e as exteriores.
A posição três alerta-nos para as influências ocultas, pode representar o que o nosso eu interior sente em relação ao ritual. Muita atenção a este ponto, ele pode revelar relações kármicas, o tipo de energias que vamos manipular. A carta quatro leva-nos para as influências do exterior, que tipo de energia nos estão a enviar as pessoas que sabem do nosso ritual.
O terceiro assunto tem a ver com o ritual em si, os pontos fortes e fracos.
A quinta carta mostra o ponto fraco e a sexta o ponto forte.
Em quarto temos os resultados que o ritual poderá causar, quais serão as bênçãos ou os danos que iremos provocar no plano astral e por conseguinte no manifestado.
Na sétima carta levam-nos para os resultados no nosso mundo interior e a oitava para o mundo exterior, pois nenhum ritual é feito sem provocar algo no mundo exterior.
Por fim, temos a conclusão de tudo, na nona carta mostram-nos o resultado final e na décima os efeitos que iremos colher deste ritual efectivamente.
Estas quatro últimas cartas mostram-nos claramente se devemos ou não fazer o ritual nas condições em que está elaborado, pois qualquer acto de magia deverá ser para o benefício de todos e nunca apenas para o nosso ou, pior, para fazer mal a alguém.

Em vez das cartas podem facilmente utilizar o pêndulo, fazendo as perguntas de forma clara ou utilizando o mapa de percentagem de positivo ao negativo. Para quem não sabe do que estou a falar, passo a explicar. Quando usamos o pêndulo podemos construir uma meia-lua graduada, começando no lado esquerdo pelo não até ao centro, que é neutro, e daí para a direita construir o sim, tendo assim um mapa para o pêndulo poder falar, onde no meio ainda temos espaço para nos responder que a questão está mal colocada e que a resposta pode ser um TALVEZ. Mostro-vos o meu na foto. Uma das coisas que sempre me incomodou no pêndulo foi a forma categórica de SIM ou NÃO, às vezes pode ser um Sim mais para o Não, ou vice-versa, através deste mapa temos as percentagens das probabilidades. Para mim faz mais sentido assim e para vós?

Num dia de São Brás, São Óscar, São Odorico e de Samael, Regente da Energia de Marte

Comentários

  1. Olá Shin Tau

    Aprender até morrer como dizia o meu avô.
    Mais outro post super interessante.
    Costuma ser sempre assim cada dia uma surpresa??
    Quanto a mim acho que me estou restabelecendo, talvez o sol me vá aquecendo e sobretudo iluminando
    Por cá agora tudo bem mas tivemos dias de muito vento o que quer dizer que vai chegar aí.

    BJ

    O Viajante

    ResponderEliminar
  2. Minha Dedicada Shin_Tau
    Não vou comentar este teu post porque sabes que rituais não são bem a minha praia.Contudo não podia deixar passar em branco as citações magníficas que escolheste.
    Gostei particularmente " Se Deus está comigo, quem estará contra mim".Que Deus esteja sempre, sempre contigo insuflando-te dessa paixão pela vida e pelo amor desinteressado que dedicas às coisas e às pessoas.És linda.
    Aproveito ainda para, porque sei como és rigorosa, fazer uma pequena correcção ao comentário que alguém fez quanto às águias arrancarem o bico, as penas e sei mais lá o quê, ganhando depois deste processo de auto-flagelaçã, mais 30 anos de vida. Achei de tal forma violento que fui pesquisar e não corresponde à verdade. As águias não têm esse comportamento.
    O único animal que come parte dos seus membros são os polvos para sobreviverem a 3 meses de submersão absoluta no fundo do mar.
    Bom, de qualquer modo aqui fica o que eu já desconfiava: a auto-mutilação não dá vida!
    Achei que ias gostar de saber e também me parece injusto que as águias fiquem associadas a um comportamento irracional que de facto não têm.
    Beijos my love

    ResponderEliminar
  3. Afinal interessava-me..
    É o que dá não aprofundarmos a leitura.
    obrigado pela informação, fez o maior sentido para mim que sou disciplinada e gosto de regras.Acredito que a exploração das ciências esotéricas ( não gosto muito deste termo) passa pelo respeito das normas passadas quer pela Tradição oral, quer pela escrita.Achamos que é só seguir intuição e adivinhar umas coisas e talvez seja assim para alguns, mas eu acredito que há uma forma a obedecer que sobreviveu aos tempos, aos Homens e trespassou toda a História. Deve por isso ter algum fundamento.
    Obrigado mais uma vez, adorei este post sobretudo nesta altura em que ando a explorar o tarot..
    beijos and keep up the good work

    ResponderEliminar
  4. Olá Shin-Tau
    ia comentar o teu post mas fiquei surpreendida.
    Uma vez que fui eu que falei das aguias e da sua transformação,quero dizer que concorde ou não com o comportamento das mesmas o que acontece é um facto ,segundo aquilo que li!se não for verdade vendemos o peixe conforme comprámos.
    Podem confirmar então o que disse no Livro " O poder do Amor" A lei da Atracção e a Alquimia da Felicidade da autora " Vera Faria Leal" Editora Planeta , página 215, o titulo da matéria que se encontra nessa página chama-se " o voo da águia".
    Uma boa semana para ti
    Um abraço de alma
    Salamnadra

    ResponderEliminar
  5. Olá Shin-Tau
    Ainda a propósito das águias...
    Não quis ferir qualquer susceptibilidade, que fique claro.
    Conforme referi achei de tal forma violento que tive se saber se era mesmo assim.E não é!
    Se efectivamente as informações foram recolhidas na literatura indicada, só posso lamentar a falta de precisão ( ou excesso de imaginação) de alguns autores.
    Li vários artigos de pessoas que dedicam a sua vida ao estudo dos animais, enviei inclusivamente mails a colocar a questão, e a resposta foi sempre a mesma: não, as águias não arrancam o bico, as penas, as unhas e não ganham mais 30 anos por isso. Ainda me disseram, nunca podia ser e sabe porquê? Porque a esperança média de vida de uma águia é 30 ANOS!
    Bom, da minha parte prefiro acreditar em quem estuda a sério a vida animal.Cada um com a sua arte...

    Quem tiver interesse pode fazer como eu: procure saber se as informações são correctas.

    beijos Shin_Tau e BOM DIA!!!!!

    ResponderEliminar
  6. Post interessante :)! Parece-me uma boa maneira de abranger todos os pontos, isso ninguém lhe tira. Quase me sinto tentada a experimentar a técnica das cartas mas, confesso, duvido que chegue a fazê-lo. O rigor e a minúcia atraem-me mas há certas coisas que precisam de fugir ao meu controlo para que resultem. Isto é algo que me acontece frequentemente, inclusivé no uso do pêndulo que também referiste. Adorava usá-lo (tenho vários de que gosto imenso) mas todas as tentativas que faço são absolutamente frustrantes! O meu problema consiste em, de alguma maneira, eu conseguir dominar os movimentos do pêndulo e, para tal, ele não precisa sequer de estar na minha mão - já testei. Isso faz dele um objecto inútil, nunca me dá uma resposta, limita-se a reflectir o que lhe dirijo. É claro que posso tentar "limpar a minha mente" e por aí fora mas é mais fácil concluir que o pêndulo não é o método mais adequado à minha natureza e que poderá haver métodos melhores.

    Em todo o caso, continuo a ter muita pena de não usar os meus pêndulos!! Bjs *****

    ResponderEliminar

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