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Ego ou o Centro de Marte

Como hoje é dia de Marte é o dia ideal para alinhar o nosso chakra solar, o tão falado Ego. Este Plexo encontra-se situado sob o lado inferior do esterno.
Vamos então acender o incenso de pinho e pedir aos elementos que nos alinhem, acendamos a vela amarela e visualizemos um vórtice de energia amarela que se solta da chama da vela e nos vem limpar e alinhar o centro. Quem quiser pode acompanhar este ritual com uma oração, mas o importante é consciencializarmo-nos de que hoje é dia de alinhar o centro solar.
Ontem disse-vos que este centro não é mais importante que os outros, que todos têm o mesmo nível de dificuldade, o que vai mudando são as capacidades que temos ou não de ultrapassar essas dificuldades. Hoje digo-vos que ele é importante sim, pois ele é o centro onde o casamento alquímico é possível, este é o centro onde a energia que captamos da céu, pelo plexo coronário, e da terra, pelo plexo raiz, se unem e nos transmitem a Força necessária para vencer o Bom Combate.
Este centro quando está aberto permite-nos caminhar com segurança, sabendo quem somos e do que somos capazes de fazer. É o centro do Sol e por isso o que rege o fogo, daí que esteja associado com a nossa capacidade de acção.
Quando o centro está desequilibrado, com energia em falta, temos falta de auto-estima, procuramos as respostas nos outros e sugamos-lhes a energia, tornando-nos vítimas e estando constantemente a perguntar-lhes quem somos e como somos, ou exigindo-lhes que nos dêem as respostas para os seus problemas e dúvidas existenciais.
Quando o centro está hiperactivo, somos o oposto, julgamos que temos as respostas para os outros e tornamo-nos controladores.É, assim, importante para que consigamos percorrer o nosso caminho interior, que tenhamos este centro alinhado, não vamos cair no erro de fazer os outros viver a nossa vida, nem nós vivermos a vida dos outros.

Eu tive em tempos este problema, sendo uma Carneiro, cheia de força de acção e de iniciativa, fazia com que os outros vissem em mim as respostas para os seus problemas, tornei-me numa controladora, sem se quer me aperceber disso. Hoje, considero que consegui controlar este Plexo Solar, talvez tenha sido através do trabalho que iniciei, a busca de quem sou e de quem quero ser.
Quanto à mitologia, inevitavelmente vamos ter de falar do Deus Marte, sendo ele o regente deste centro. É o Deus da Guerra, filho de Júpiter e de Juno. Diz-se que Juno, invejosa de ter Júpiter tirado Minerva de seu cérebro, quis imitar a façanha, e produzir um filho sem a acção de seu esposo ou de qualquer outro homem. Resolveu dirigir-se para o Oriente para encontrar a melhor forma de realizar a sua obra. Fatigada pelo caminho, sentou-se ao pé do templo da deusa Flora, que a questionou. Flora, ouvindo seu desejo, mostrou-lhe uma flor mágica, que pelo simples contacto fecundava qualquer mulher sem o auxílio de um homem.
Foi assim que Marte nasceu, de uma flor retirada da Terra e de um desejo de uma entidade Divina. Esta história mostra-nos então de onde vem a importância deste centro, ele é o local onde as duas energias necessárias para a nossa vida se unem e se transformam.
Mas não nos podemos esquecer que Marte era irmão de Minerva, a Deusa da Guerra Justa. Este par representa a dualidade do centro, onde por um lado devemos ser activos, impulsivos, mas também ponderados e reflectidos. Tudo na vida se reduz à capacidade de mantermos em equilíbrio a dualidade do Universo.

Façamos então uma boa meditação para ver como está este nosso centro e lembremo-nos sempre que é importante que esteja em equilíbrio, mas não se deixem cair no erro de pensar que têm ego a mais, pois muitas vezes a nossa autoconfiança perante a pouca confiança dos outros é confundido com excesso de ego.

Num dia de Marte, de Nossa Senhora dos Mártires e do Santo Arcanjo Samael

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